Vila Nova de Milfontes

Este Verão decidi que o ‘MAIÃO’ ia tentar, nas férias, entrar em Vila Nova de Milfontes. Pois assim fiz e tudo aconteceu sem aquelas grandes dificuldades que alguns companheiros e outras entidades (neste caso refiro-me à Capitania de Sines que, no ano passado, nos demoveu de fazer o Cruzeiro que estava marcado no nosso plano anual) anunciam, argumentando “… é muito difícil e muito perigoso… a barra está sempre a mudar… etc., etc. …”.
Não é propriamente fácil, digamos, mas, se as condições meteorológicas forem as adequadas, se a maré estiver a encher há pelo menos 3 horas e seguirmos o plano de uma edição do Instituto Hidrográfico (que tem pelo menos 10 anos) é como… “limpar o rabinho a meninos”!
Passo a relatar:
Eram cerca das 18h30 quando, estando a uma milha da entrada, tentámos com o VHF entrar em contacto com o Socorro a Náufragos no Canal 16 (porque no roteiro e nas dicas dos conhecedores seria o processo correcto…). Não consegui porque o horário deles é das 8 às 17h00, (como se os acidentes só acontecessem nas horas de expediente…, mas isto é tema para outra discussão). Passemos adiante. Assim sendo só nos restou seguir os passos do roteiro e, nas mil rotações, fazer uma aproximação cuidadosa. Os fundos viam-se perfeitamente até aos 6 metros de profundidade, devagar, com atenção à sonda, fomos entrando e cumprindo o percurso indicado. Na barra apanhámos fundos de 3,6 metros que foram aumentando gradualmente até aos 6 metros tendo depois ficado amarrados a uma poita propriedade do n/Companheiro e Associado Comandante Vasco Galvão.
Inicialmente a ideia era ficarmos só um dia mas, com aquela quietude, segurança e águas tão límpidas, acabámos por ficar o resto da semana e foi com pena que largámos, rumo a Portimão, com a certeza que o ‘MAIÃO’ voltará brevemente àquele pequeno Paraíso.